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22/09/2014

Evangelizo

Nós nos erguemos ou nos ajoelhamos para orar pelos missionários e pelas pessoas responsáveis por levar o evangelho aos quatro cantos do mundo, ou do brasil ou de nossa comunidade. Nós também nos esforçamos para mantê-los e sustentá-los. Levantamos ofertas para missões, recebemos cartas ou a visita destes missionários e isso faz nosso coração aquecer por missões, fazemos campanhas – participamos delas – e criamos eventos e congressos para discutir o assunto.

Queremos alcançar o Brasil e o mundo para Cristo. Mas quase sempre fazemos isso na projeção dessa responsabilidade à terceiros. Queremos, sim, ajudar a conquistar as almas, mas não vemos a nossa própria vida como instrumento útil desse movimento de conquista. Algumas vezes nós achamos que não somos capazes nem responsáveis, não temos coragem  ou vergonha de enfrentar o que se coloca sobre e contra nós hoje em dia.

(…) nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça.(…) – 2 Timóteo 1:9 (parte)

Mas Paulo diz exatamente o contrário à Timóteo. Durante boa parte do capítulo 1 desta carta, ele pede ao discipulo que tenha vigor e coragem para pregar. Ele chama esse ato testemunhal de “Santa Vocação” e dá alguns motivos pelo qual o jovem deve se mover nesse sentido.

Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você.
Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. – 2 Timóteo 1:5-6

Ele lembra a Timóteo que este só esta em Cristo hoje porque outros buscaram apresentá-lo à Cristo primeiramente. Paulo comenta que a fé em Cristo habitou antes na avó e mãe de Timóteo e que foi ele mesmo, Paulo, quem orou por ele em sua conversão. Pense um pouco sobre o lugar em que você estaria hoje se não fosse junto à Deus. Leve um tempo nisso, imagine as decisões que tomaria e os caminhos que escolheria se estes não fossem guiados por Jesus. Você não deseja ardentemente que outras pessoas partilhem desta mesma experiência, que possam tomar decisões mais corretas e que possam conhecer a Cristo como você conheceu?

Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. – 2 Timóteo 1:7

Paulo também pede coragem e argumenta que o Senhor não nos fez covardes, não nos pede covardia, não nos vocaciona com o medo, mas ao contrário. Entretanto, o autor não contrasta covardia com coragem, mas com Poder, Amor e Equilíbrio. Isso nos faz pensar um pouco, certo? que temos uma missão superior e divina o que nos imbui de poder, mas que o poder e a vontade por sí só não são a resposta para a covardia, devemos fazer isso com amor, com a visão do proximo, com caridade, com relacionamento, com o cuidado com o ser humano e também com equilíbrio, sensatez, respeito e limites éticos.

Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos – 2 Timóteo 1:8-9

Então ele fala da vergonha – que nos é muito comum – mas elabora e argumenta com o que tem acontecido consigo, coloca em pauta o quanto já sofreu pelo evangelho de Cristo e da obra do Senhor de quem se diz prisioneiro, mesmo sendo prisioneiro em cadeias humanas. Paulo sabe que as consequências da perseguição fazem parte dessa postura e dessa caminhada pelo evangelho. Ele pede que Timóteo divida com ele esse sofrimento pela responsabilidade e em nome da Salvação que recebeu.

 

Por fim, Paulo apresenta o Santo Chamado e explica que ele não requer nossa capacidade, não se baseia naquilo que podemos fazer nem oferecer, mas está fundamentado exclusivamente na graça que já recebemos em Cristo.

 

Quando pensarmos em missões e na conquista de almas, lembremos que somos igualmente responsáveis em dividir o que de bom recebemos e que sigamos as orientações de Paulo em compartilhar esse grandioso bem com aqueles que nos cercam e vivem conosco.

 

Ainda que não cheguemos a cruzar os mares, que possamos cruzar algumas barreiras pessoais e alcançar corações.

Gamado na web, ama frontend e backend, DJ nas horas vagas, Jhoninha estuda análise e desenvolvimento de sistemas e é especialista em wordpress. Ele está aprendendo a cantar na Oliver e um dia vai saber entrar no tom.

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